segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Seguindo os sinais

Oba!! Histórias reais de pessoas que amam o que fazem do mês está com uma relato muito legal. Quem está aqui contado pra gente é a Renata Ouro - que nome de poder hein?!

Uma colega/amiga que conheci a pouco tempo mas que adorei a história e fiz esse convite para inspirar vocês. A Re está num momento de transição, que eu já passei, que você deve estar passando ou um dia vai passar. A transição de carreira pode não ser fácil, mas quando a gente se dedica a fazer o que ama vale a pena o investimento de cada minuto nessa vida dupla. 

Sejam bem vindos a essa história onde podemos ver que nada é por acaso e que no fim tudo tem um sentido...

Comecei a minha vida profissional como vendedora de uma loja de celulares. Por lá fiquei durante quatro anos. Neste período entrei para a universidade e cursei administração.  Gostava muito do meu trabalho pelo contato com o público, pelas variadas histórias que escutava dos clientes e, também, ao ver a satisfação das pessoas em ter um objeto de desejo nas mãos. Mas o que mais me deixava feliz era solucionar os problemas dos clientes, fazer o que ninguém queria fazer. Inclusive, acalmar pessoas histéricas, ou pelo menos tentar.

Nas folgas do trabalho eu modelava e fazia eventos em feiras e congressos. Quando o meu trabalho como vendedora ficou mecânico e não me dava mais satisfação, percebi que o meu trabalho como modelo me dava mais dinheiro. A partir dessa tomada de consciência,  tomei a decisão de deixar o emprego e somente  modelar. Fiquei modelando apenas por oito meses, porque um pensamento me perturbava constantemente:  “Por que você está estudando? Se está trabalhando somente com a sua imagem”. O que eu fiz? Consegui um estágio na diretoria administrativa e financeira de uma grande empresa de Florianópolis. Por lá fiquei durante oito meses até ser chamada para ser preposta de uma empresa de telecomunicações.

Estava quase me formando quando o convite para exercer as atividades de  preposta apareceu na minha vida. Por que eu aceitei? Porque estava com receio de ficar desempregada. Além disso,  a empresa em que eu estagiava era pública, ou seja, nenhuma probabilidade de ser efetivada. E lá estava eu viajando pelas regiões do estado para solucionar os problemas de algumas pessoas calmas, outras histéricas e muitas desesperadas. 




Nesse período me formei e fui fazer intercâmbio no Canadá. Ao retornar, participei de vários processos de trainee, sendo um deles em Ribeirão Preto, onde conheci um candidato que se tornou meu amigo. Concluído o processo, entretanto,  eu vim embora e o amigo foi para a casa dele em Goiás. Ambos reprovamos no processo de trainee. Meses depois da volta, eu fui promovida na empresa em que trabalho e transferida para Porto Alegre e o meu amigo, por coincidência, conseguiu um emprego aqui em Florianópolis. Em Porto Alegre fiquei durante nove meses e lá exercia a função de analista de marketing. A minha função consistia em prestar apoio  aos vendedores da regional sul, tirando dúvidas e promovendo novas vendas.

Voltei para Florianópolis após um período e este meu amigo me chamou para conversar, me propôs de abrirmos uma empresa de camisetas juntos. Aquilo me intrigou e fiquei com vontade de fazer acontecer. Mas a coisa não saiu do papel. Com a vontade de ser empreendedora latente em mim, procurei dois amigos para me ajudarem a abrir um negócio de moda. Não demorou muito tempo para que as pessoas desistissem do projeto.

Continuei trabalhando aqui em Florianópolis como analista de MKT, até que decidi a fazer um processo de coaching para ver onde eu estava errando, já que, apesar do meu desejo, não consegui abrir o meu próprio negócio. O resultado apareceu depois de algumas sessões de coaching, eu estava errando ao buscar pessoas para perseguirem o meu sonho, sendo que o sonho era meu.

Hoje estou montando um e-commerce para a moda executiva, para mulheres empresárias, advogadas, mulheres que vivem no mundo corporativo. Essa ideia surgiu da minha dificuldade em me vestir no meu ambiente de trabalho. Imprimir a minha identidade no que eu visto, sem deixar de ser discreta, ou seja, me sentir poderosa para lidar com a quantidade de homens com os quais convivo profissionalmente,  todos os dias. Não posso deixar de registrar que, todas às vezes em que me sinto bem vestida e bonita, isso reflete nas minhas ações no trabalho.





Continuo trabalhando como analista de marketing, mas paralelamente estou tocando o meu projeto.
Antes de dirigir-me ao trabalho, vou comprar tecidos para as peças piloto, realizo reuniões na hora do almoço com o design do meu site e, após o trabalho, muitas vezes dirijo-me ao escritório da minha modelista  para cuidar da definição dos moldes das peças a serem lançadas. Ainda conto com a minha costureira que me atende sábado, domingo e feriados. Quando a gente ama o que faz e tem propósito, trabalhar durante os finais de semana e feriados não é um obstáculo. Além disso, escolho cada tecido com muita satisfação! E cada aprendizado com cada pessoa de processo é sensacional

"Reuniões aos sábados e domingos ou ficar até tarde da noite vendo novidades do mundo da moda para esta área, nunca é um trabalho. É pura diversão e entretenimento! O tempo passa que nem percebo, não cansa, só acrescenta mais energia." 

E no fim tudo converge:  fui modelo, entrei  para o mundo das grandes organizações e me apaixonei  por algo que ninguém imaginava, o jeito como as mulheres de grandes empresas se vestem, com os seus erros e acertos. Agora penso como ajudá-las a imprimirem o seu estilo, sem perderem a discrição.



Renata Ouro Weber, é analista de marketing pleno de uma grande player de telecomunicações, colunista do site de empreendedorismo feminino Jogo de Damas e também é idealizadora da Renata Ouro vestidos para moda executiva. Faz pós-graduação em MKT pela Fundação Getúlio Vargas. Uma de suas paixões é estar com as amigas e viajar! A viagem que marcou a sua vida, foi seu intercâmbio para o Canadá.






Gente, que demais! Trabalhar aos fins de semana com amor é porque estamos fazendo aquilo que mais amamos. E vocês, como está sua felicidade no trabalho e na vida?